sexta-feira, 7 de junho de 2013

            
              AO INFINITO E ALEM !

  As horas passavam totalmente presas aos grilhões. Um minuto era um ano. Todas as flores eternizavam ao profundo sono obscuro. Nada se mexia, simplesmente nada existia. O silencio me mantinha, ensurdecia. Nada preenchia com tudo. Os soldados não retornaram e os heróis não me salvaram. O fardo é pesado demais, a cada dia pesa mais e mais. Ao meu lado só eu, eu mesmo e um gato laranja rabugento. O céu sempre se mantinha sua glória que sempre me retorcia, aos passos largos e rápidos, nada nunca me contia. Procedo de um período em que tudo tinha e tudo valia, até descobrirmos que nada existia. Não lembro de seu rosto, não lembro que fazia, só sei sobre essa caminhada e oque trazia. 
 As paisagens sempre mudam, as nuvens nos abandonam, nem a chuva não quer nos molhar. 
 Antes eu ouvia os cantos do rouxinol lá em cima do farol. Agora tudo enxergo e nada vejo.  
 Mas continuo a caminhar pois é certo que uma hora dessas o trem vai passar... e então com toda a certeza deste momento, irei embarcar para mais uma e tal será a verdadeira aventura. Até lá não esqueças de mim. Porque eu não me esqueço nunca de nós. 
 07/06/2013  
 texto hora  23:49 / momentos  ( I.L.P )